O Marine Stewardship Council felicita o novo Padrão de Rações do Aquaculture Stewardship Council (ASC), que exige uma pesca extrativa, utilizada na produção de peixes em explorações aquícolas, de fontes cada vez mais sustentáveis.
Os produtores de rações para peixes que desejem obter a certificação ASC devem demonstrar as credenciais de sustentabilidade de todos os ingredientes marinhos e a melhorá-los em cada recertificação até que a maior parte da matéria-prima marinha tenha origem em pescarias com a certificação do MSC. Após a implementação do Padrão de Rações ASC em agosto de 2022, as explorações piscícolas terão de mudar para rações compatíveis com o ASC para manter a sua certificação ASC.
Rupert Howes, diretor executivo do MSC, diz:
"A melhoria da sustentabilidade dos ingredientes marinhos na alimentação dos peixes tem um papel vital a desempenhar na luta contra a sobrepesca em todo o mundo, devido ao grande volume de pescado necessário para a aquicultura. Com tal, congratulamos o lançamento do Padrão de Rações ASC como um passo importante para melhorar a sustentabilidade deste sector que se encontra em rápido crescimento.
O lançamento desde novo referencial conferirá um estatuto preferencial às pescarias certificadas MSC entre os produtores de rações para peixes, muitos dos quais têm objetivos ambiciosos de obter apenas matérias-primas marinhas sustentáveis certificadas nos seus alimentos. Isto servirá como um grande incentivo para que outras pescarias em todo o mundo melhorem as suas credenciais de sustentabilidade e, por sua vez, ajudem a proteger os ecossistemas marinhos."
Em 2018, 19% da produção mundial de pescado de pesca extrativa foi utilizada para produzir farinhas e óleos de peixe [1], e cerca de três quartos desta produção foi utilizada pelo sector da aquicultura [2].
Os produtores de rações serão auditados no início da sua avaliação completa ao abrigo do Padrão ASC, onde será estabelecido um nível de referência de rendimento, que não será permitido reduzir. O nível mínimo de entrada considerado para todas as matérias-primas para farinha de peixe e óleo de peixe é que provenham de projetos de melhoria pesqueira (nível 1). No entanto, em cada reavaliação, os seus fornecedores devem progredir para o nível seguinte de desempenho, culminando em todos os ingredientes provenientes de pescarias com a certificação MSC (nível 4).
A certificação de acordo com o Padrão de Rações ASC proporcionará a muitos produtores a oportunidade de demonstrar de forma independente a eficácia das suas estratégias e afirmações na sua Responsabilidade Social Corporativa e nos seus relatórios ambientais, sociais e de governança. Líderes da indústria de rações para o salmão, como a Cargill e a Biomar, afirmaram em 2019-2020 que 57% a 93% dos ingredientes marinhos utilizados nas suas rações têm origem em pescarias certificadas MSC [3,4]. Isto poderia colocá-los ao mais alto nível de desempenho de sustentabilidade no Padrão de Rações ASC no que diz respeito ao abastecimento de produtos do mar.
Notas para os editores
Referências:
[1] Organización de las Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentación (2020), El estado mundial de la pesca y la acuicultura -2020
[3] Cargill-Aqua-Nutrition-Sustainable-Report.pdf
[4] https://www.biomar.com/en/global/sustainability/sustainability-report/
MSC sobre la importancia de las pesquerías de pequeños pelágicos: