Marine Stewardship Council acaba de lançar o relatório sobre os impactos do projeto MedPath, que apresenta soluções para os problemas de sobre-exploração e vulnerabilidade do mar Mediterrâneo.
O projeto MedPath, que se desenvolve em Espanha, França, Itália e Grécia, juntamente com parceiros como o WWF, está a ajudar as pescarias que ainda não são elegíveis para a certificação ao abrigo do Padrão de Pesca do MSC, mas que estão a trabalhar para melhorar o seu desempenho a nível ecológico.
10 de abril de 2024 - Marine Stewardship Council (MSC), uma organização sem fins lucrativos cuja missão é acabar com a sobrepesca, organizou o evento satélite Restoring European seas: sustainable fisheries management and deep-sea ecosystems, no âmbito da Conferência da ONU sobre a década dos Oceanos 2024, um evento centrado no mar Mediterrâneo, que, apesar de representar apenas 0,7% da superfície dos oceanos em todo o mundo, alberga 7,5% e 18%, das espécies de fauna e flora marinhas, respetivamente.
O evento, organizado conjuntamente pelo Institut de Ciències del Mar de Barcelona (ICM-CSIC), WWF Espanha e MSC, deu destaque às ideias e realizações das várias partes interessadas, com ênfase em duas facetas vitais da saúde dos oceanos: a gestão sustentável das pescas e a recuperação dos fundos marinhos.
A introdução do evento esteve a cargo de Jordi Grinyó, investigador de pós-doutoramento no Instituto de Ciências do Mar (CSIC), que deu lugar ao workshop sobre o projeto MedPath, no qual o seu coordenador, Julio Agujetas, responsável pelas pescas no Mediterrâneo no MSC, explicou como várias iniciativas tiveram uma influência positiva na recolha de dados e na gestão das pescas no Mediterrâneo. Nixon Bahamon, investigador de pós-doutoramento e coordenador científico do Projeto Aristock, participou no workshop, para apresentar o estado atual do stock de A. antennatus na pescaria de Palamós, bem como estratégias de gestão para reduzir a pressão da pesca sobre esta unidade populacional e garantir a sua sustentabilidade a longo prazo; e Miquel Ortega, investigador de pós-doutoramento no Institut de Ciències del Mar (CSIC) e membro da equipa científica do projeto SEINE-ETP, que caracterizou as interações da frota de cerco de Castellón com espécies em perigo, ameaçadas ou protegidas.
Do mesmo modo, os representantes dos projetos de recuperação dos fundos marinhos LIFE ECOREST (Marina Biel, Institut de Ciències del Mar-CSIC), LIFE Lophelia (Susanna Strömberg, Universidade de Gotemburgo), LIFE DREAM (Giorgio Castellan, Istituto di Scienze Marine) e REDRESS (Roberto Danovaro, Università Politecnica delle Marche) partilharam as suas experiências na recuperação de vários habitats bentónicos fundamentais.
O evento terminou com uma mesa redonda moderada por José Luis García Varas, diretor do programa marinho do WWF Espanha, com a participação de Marta Coll, investigadora principal e diretora-geral adjunta do Institut de Ciències del Mar-CSIC; Joan Batista Company, investigador principal e chefe de departamento do Institut de Ciències del Mar-CSIC; Valentina Grande, investigadora do Istituto di Scienze Marine; e Miquel Gómez, responsável pelas pescas do WWF Espanha. Os membros do painel analisaram a forma como estes projetos podem contribuir para melhorar o funcionamento dos ecossistemas nas águas europeias, abordando a gestão das pescas e a recuperação dos fundos marinhos através de métodos científicos.
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