Pescaria de enguia com armadilhas no Norte do Peru: melhorar as práticas e a governação

• Reforçar os sistemas de monitorização com diários de bordo.
• Melhorar a compreensão da genética, crescimento, distribuição e estrutura da população de enguias.
• Desenvolver a avaliação da estratégia de gestão, as regras de controlo de capturas e reforçar o modelo de avaliação das unidades populacionais.
• Criar propostas para melhorar o regulamento relativo à gestão das pescas.

Progressos no sentido da certificação

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A pescaria de enguia com armadilhas no Norte do Peru, há muito estabelecida, captura a espécie Ophichthus remiger principalmente para o mercado asiático, onde as enguias têm um alto valor comercial. A frota é composta por dezanove embarcações que pescam ao largo das regiões costeiras de Tumbes e Piura, onde se encontra a maior concentração de enguias. Para o efeito, são utilizadas armadilhas, colocadas em fundos arenosos e lodosos.

A pescaria entrou para o MSC Improvement Program em 2023. A subvenção que recebeu do Transition Assistance Fund será utilizada para atividades que a ajudarão a aproximar-se da certificação segundo o Padrão de Pesca do MSC. A pescaria espera melhorar as suas práticas de pesca e reforçar os seus planos de gestão até ao início de 2025

Objetivos do projeto

A pescaria de enguia pretende “harmonizar” os esforços com outras pescarias da região, assegurando que as áreas de trabalho comuns e sobrepostas são otimizadas e não entram em conflito umas com as outras. Trabalhará com consultores experientes da REDES-Sostenibilidad Pesquera e da Associação de Produtores de Enguia do Peru (AAPA) para melhorar o desempenho e a sustentabilidade.

 

 

O financiamento será utilizado para que toda a frota de pesca possa recolher e registar dados sobre as capturas e o cumprimento das quotas. Os capitães e as tripulações assumirão a responsabilidade de manter e atualizar os diários de pesca. As informações serão depois utilizadas para implementar e reforçar o sistema de controlo da pescaria. A pescaria já desenvolveu diários de bordo adequados e um manual para as tripulações, tendo ainda organizado uma formação sobre os protocolos para a manutenção de registos. Os dados recolhidos servirão de base para avaliar com precisão as unidades populacionais e para o controlo da pescaria.

Além disso, os novos dados colmatarão as lacunas no conhecimento do ciclo de vida da espécie e ajudarão a avaliar a estratégia de gestão e as regras de controlo das capturas – medidas que exigem que as capturas sejam ajustadas em função das alterações na unidade populacional.

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