Lagosta da Nicarágua: melhorar os conhecimentos da pescaria

• Melhorar os dados sobre o esforço de pesca.
• Melhorar os dados sobre as capturas para uma correta avaliação das unidades populacionais.
• Melhorar o seguimento, o controlo e a vigilância da frota.
• Elaborar regras eficazes de controlo de capturas.

Melhorar o desempenho na recolha de dados

Localizada na costa leste do país, a pescaria industrial com armadilhas de lagosta-das-caraíbas da Nicarágua integra o MSC Improvement Program. Como parte do seu compromisso com a sustentabilidade, a pescaria foi avaliada com base no Padrão de Pesca do MSC em 2023. Obteve uma classificação elevada no domínio da gestão e do impacto mínimo no ambiente e nas espécies associadas. No entanto, a avaliação destacou a necessidade de a pescaria melhorar o desempenho relacionado com o seu impacto nas unidades populacionais de lagosta.

A pescaria utiliza armadilhas para capturar lagosta nos principais portos de pesca nicaraguenses do Mar das Caraíbas, nomeadamente as Ilhas do Milho e Bluefields, bem como noutras comunidades piscatórias, como Cayos Perlas, Cabezas e Miskitos. A frota é responsável por 60% da captura total de lagosta nas águas nicaraguenses. É fundamental que os impactos da mesma sejam claramente determinados para garantir a sustentabilidade da unidade populacional.

Um censo para compreender os impactos

O Instituto Nicaraguense da Pesca e da Aquicultura (INPESCA) e a Central American Fisheries (CAF) trabalharão com os governos regionais e outros organismos para criar um censo oficial da componente artesanal da pescaria.

O Transition Assistance Fund será utilizado para recrutar e formar uma equipa responsável pela recolha de dados e pela elaboração do censo. Este incluirá dados sobre a frota artesanal e o seu pessoal, tanto para a pesca com armadilhas como para a pesca com mergulhadores.

O INPESCA utilizará o censo para desenvolver uma ferramenta de registo de desembarques, a fim de determinar o esforço de pesca da frota. Esta ferramenta incluirá instruções sobre os pormenores a declarar, o número de embarcações envolvidas, os relatórios de localização, os responsáveis e os indicadores que devem ser monitorizados. A ferramenta será utilizada nas unidades de transformação e nos centros de recolha em todos os portos de pesca de lagosta para garantir a coerência dos dados.

A aplicação da ferramenta de registo está prevista para 2025-26. O Dr. Eloy Sosa, especialista em lagostas, está a ajudar a identificar e a desenvolver um novo modelo sólido de avaliação das unidades populacionais utilizando o relatório da ferramenta. Este modelo ajudará a orientar a pescaria para o cumprimento dos requisitos de sustentabilidade.